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PERFORMANCE: MÚSICA EM MOVIMENTODA PRÁTICA COMO EXISTÊNCIA E DESENVOLVIMENTO DA MÚSICA

A música é uma atividade; e como tal, exige-se o fazer huma-no. A despeito das abstrações teóricas, ela não é simplesmente algo conceitual, mas pensamento em ação. Música somente se dá a partir do movimento de pessoas imbuídas no processo do fazer, do performar. O objetivo do presente trabalho é abordar a origem do pensamento idealista ocidental em música e como este influenciou todo o desenvol-vimento musical gerando uma hierarquização entre teoria e práxis, valo-rizando mais um em detrimento de outro, resultando em reducionismo no significado do fazer música, antes de se pensar no significado da músi-ca em si, mas da música para nós. O conceito de Obra musical apega-da somente a notação musical e seu autor sem considerar o intérprete e sua contribuição ativa, não apenas reativa, é restrito e idealizado. Contrapomos o pensamento de Platão, Aristóteles, Pitágoras, Boécio, entre outros, com o de Sexto Empírico, como pensadores precursores no ocidente; o neoplatonismo da era cristã, e ainda musicólogos modernos que se defrontaram sobre questões estéticas da música. Entendemos que o fazer-música é cerne da existência dela, a música.

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